Criar valor ou buscar lucro?
- Nelson C Ribeiro
- 2 de nov. de 2024
- 2 min de leitura

A busca pela maximização do valor deve ser a meta de todo empresa, pois o que realmente importa é a geração de riqueza e não o lucro.
Altos lucros, as vezes podem ser obtidos ou aumentados, através de artimanhas, que não efetivamente são resultados da operação, como por exemplo:
· falta de investimento adequados;
· postergações de despesas fundamentais;
· antecipações de receitas de outros exercícios;
· compras bonificadas;
· cessões de créditos;
· postergações de manutenções de máquinas;
· cortes de recursos humanos estratégicos;
· uso de planejamentos tributários de altos riscos; etc.,
Sabemos que a pressão pela busca de resultados a qualquer custo no curto prazo pode gerar grandes obstáculos no desenvolvimento de uma empresa.
Na prática, os profissionais financeiros podem gerar lucros no curto prazo, para mostrar bons números e atingir suas metas sem efetivamente ter realizado um grande exercício.
Infelizmente ainda muitos executivos, são avaliados pelos lucros gerados anualmente e não pela criação de valor efetiva.
Para se conhecer o real valor de uma empresa, será necessário fazer cálculos e projeções do fluxo de caixa, descontado a uma taxa que reflete o risco da empresa.
Quando falamos do valor de uma empresa, alguns fatores influenciaram positivamente e outros negativamente no cálculo de valor.
Entre os fatores positivos estão:
· a inovação;
· os ativos intangíveis;
· a governança corporativa;
· os fatores sociais;
· a comunicação com investidores;
· a ESG: (Environmental, Social and Governance); etc.
Entre fatores negativos, temos:
· as incertezas;
· as informações assimétricas;
· as alterações do mercado; etc.
Aswath Damodaran, professor de finanças da New York University e criador da “valuation”, fala como fazer do uso do fluxo de caixa descontado para se calcular o valor de uma empresa.
O Fluxo livre de caixa (FCF) é uma das melhores ferramentas para se achar este valor. Todavia, como em qualquer modelo, também há limitações: como a dificuldade de se estimar os fluxos de caixa futuros e a taxa de desconto correlacionadas.
O FCF é a sobra dos recursos após pagar todos as obrigações, sendo um indicador de valor muito melhor que somente o lucro líquido apurado. Neste sentido, a frase de do professor, Bennett: “Lucro por ação não interessa, fluxo de caixa é o que realmente importa,” é a pura verdade.
O risco de qualquer investimento, sempre estará presente, por isto é importante avalia-lo com cautela em busca de bons retornos e que superem estes custos e riscos. As incertezas esta relacionadas a soma de vários tipos de riscos, como:
· o risco do negócio;
· o tamanho da empresa;
· risco do mercado;
· risco pais;
· risco tecnológico; etc.
Por esta razão, dependendo do setor ou da localidade um mesmo negócio terá mudança na taxa de risco e consequentemente nos valores.
O custo médio de capital WACC: (weighted average cost of capital), da empresa também deve ser analisado em conjunto com a alavancagem da empresa.
Resumo: Devemos nos preocupar com a criação de valor, esta análise é complexa, e exige uma combinação de ferramentas e cálculos quantitativas e qualitativas para apura-los. Recomendamos usar o fluxo de caixa descontado (DFC) para se calcular o valor de uma empresa.
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