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Falando de Riscos e Proteções

  • Foto do escritor: Nelson C Ribeiro
    Nelson C Ribeiro
  • 24 de jul. de 2024
  • 5 min de leitura

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Risco é a incerteza, na qual existe a possibilidade de desvio em relação ao resultado esperado ou perda financeira. O conceito refere-se à possibilidade de que um evento adverso ocorra e afete negativamente os resultados esperados de uma empresa.

               A equação financeira mais assertiva analisa o risco versus o retorno, necessitando equilibrar a busca de retornos positivos com a gestão eficaz de riscos. Gerenciar risco e retorno é fundamental para alcançar os objetivos financeiros, mantendo a segurança e a estabilidade da carteira de investimentos. 

              Investidores, normalmente, assumem riscos esperando obter maiores retornos financeiros, porém é muito importante comparar o retorno esperado com o nível de risco assumido.

              São inúmeros os tipos de riscos. Alguns internos outros externos. Alguns controláveis outros não. Os riscos podem se originar da economia, de eventos de mercado, de mudanças regulatórias, de falhas operacionais, etc. 

 

               Os riscos controláveis podem ser:

·      humano, de má gestão pessoal;

·      de governança corporativa, falta de definição de regras para a gestão;

·      estratégicos, decisões empresariais equivocadas;

·      financeiro, possibilidade de perda financeira; 

·      operacional, falhas internas nos processos;

·      de crédito, não cumprimento de obrigações financeiras;

·      de conformidade, descumprimento de leis e normas; 

·      de liquidez, impossibilidade de vender rapidamente um ativo;

·      de reputação, eventos negativos, resultando em perda de clientes;

·      de concentração, concentração excessiva a um único ativo;

·      de fraudes, roubos internos e externos a instituição;

·      de conflitos de interesses, posicionamento dos dois lados de cliente, investidor ou fornecedor;

·      de alavancagens financeiras, endividamento excessivo;

·      de especulação, tomada de apostas financeiras arriscadas.

 

               Os riscos não controláveis podem ser:

·      risco país, custo de operação do país;

·      regulatório, decorrente de mudanças nas leis;

·      de mercado, flutuações nos preços de mercado;

·      sistêmico, de crises financeiras globais que afetam muitos;

·      sociais, de culturas, classes e rendas;

·      político, decorrente de políticas governamentais;

·      de saúde pública, pandemia de Covid19, epidemias, pestes;

·      cibernéticos, ataques a dados da empresa;

·      ambiental e social, eventos climáticos e sociais;

·      tecnológicos, falhas, interrupções de infraestrutura.

 

               Calcular o risco de um investimento envolve avaliar a probabilidade de perdas ou variações negativas nos retornos esperados. Há diversas maneiras de medi-lo, dependendo do contexto e dos tipos de investimentos envolvidos, como, por exemplo:

 

·      Desvio padrão é uma medida estatística que indica a dispersão dos retornos de um investimento em relação à sua média. Quanto maior o desvio padrão, maior é o risco. Para se calcular o desvio padrão dos retornos de um investimento qualquer, primeiro deve-se calcular a média dos retornos históricos do investimento em questão, para cada período de retorno; depois, deve-se subtrair a média de cada valor de retorno e elevar o resultado ao quadrado; em seguida, somar todos os quadrados e dividir pela quantidade de períodos, e, na sequência, tirar a raiz quadrada deste resultado.

·      ìndice de Sharpe compara o retorno de um investimento ao seu risco. Ele é calculado subtraindo a taxa livre de risco dos retornos do investimento e, depois, dividindo (o quê? Cada resultado? É um único resultado?) pelo desvio padrão dos retornos. Valor de índice de Sharpe alto indica melhor retorno ajustado ao risco.

·      Beta: é uma medida de volatilidade relativa de um ativo em relação a um índice de mercado. Valor de beta alto indica maior volatilidade e, portanto, maior risco sistêmico.

 

              Saber medir e gerenciar o risco são pontos essenciais para qualquer investidor que deseje proteger seus interesses e alcançar seus objetivos. Isto pode ser realizado, por exemplo, com:

·      planejamento estratégico, com contingências;

·      gestão eficiente de fluxo de caixa com gestão de liquidez;

·      boa cultura organizacional e transparência na gestão;

·      identificação e monitoramento constantemente dos riscos;

·      diversificação da carteira de investimentos;

·      priorização os investimentos e mitigar o risco; com hedges e seguros;

·      proteção de ativos e de investimentos;

·      compliance, auditoria, sustentabilidade e resiliência;

·      treinamento, educação e sensibilização contínua; 

·      comunicação transparente. 

 

              Há tolerância ao risco e isto depende do foco, a saber:

·      Investimentos, no mundo financeiro, o risco está

associado ao potencial de retorno. Assim os investidores devem buscar o equilíbrio adequado entre risco assumido e o retorno potencial;

·      perfil de Investidor, dependera do perfil do investidor, que

poderá ser conservador, moderado ou agressivo;

·      compensação pelo risco, todo investidor espera ser

compensado pelo risco que está disposto a correr;

·      novos negócios, o risco sempre estará ligado à oportunidade de

criar valor e ganhar vantagens. Empresas novas e em crescimentos

possuem mais risco, mas, também, podem trazer maiores retornos, tendo boas recompensas se forem bem-sucedidas;

·      metas financeiras, a escolha dos investimentos deve estar

alinhada com suas metas de curto, médio e longo prazo;

·      prazo de investimento, os investimentos de prazos mais longos

toleraram maior volatilidade e risco, e vice-versa;

·      diversificação, é sempre bom diversificar o risco, investindo em

diferentes ativos para reduzir a exposição a riscos.

 

              Há uma ferramenta utilizada para reduzir o risco de perdas financeiras, decorrentes de movimentos adversos de preço em ativos ou mercados específicos, denominada, Hedge.

Implementar estratégias de hedge eficazes requer entendimento detalhado dos riscos específicos e conhecer alternativas disponíveis para mitigá-los, a saber:       

·      cambial, usada na proteção flutuações nas taxas cambiais.

Podem usar contratos de câmbio para fixar o valor em moeda estrangeira de passivos ou receitas futuras;

·      de taxa de juros, empresas podem usar swaps de taxa de juros

ou futuros para fixar os custos de financiamento ou proteger contra flutuações nas taxas de juros. São muito usadas para mitigar riscos associados a mudanças nas taxas de juros;

·      de mercadorias, são contratos futuros de commodities podem ser

usados para proteger contra aumentos de preço das matérias-primas necessárias para a produção básicas de determinadas empresas;

·      de inflação, são títulos indexados à inflação e contratos de

derivativos de inflação. São comuns para instituições financeiras e investidores que desejam proteger o poder de compra de seus ativos. É utilizada para proteger (quem? A empresa?) contra o aumento dos preços ao consumidor.

·      de ações, usa-se opções de vendas a descoberto ou de contratos

futuros para proteger posições de ações contra possíveis quedas de preço. Isso é especialmente útil para investidores com grandes participações em empresas específicas.

 

              Conhecer o risco e saber o quanto se deve correr risco em investimentos é uma decisão gerencial complexa que envolve equilibrar potenciais retornos com a capacidade de tolerar volatilidade e possíveis perdas. Assim, é importante realizar avaliação cuidadosa da situação financeira e dos objetivos financeiros da empresa antes de tomar quaisquer decisões de investimento. Manter-se informado sobre o nível de risco, as condições do mercado e, periodicamente, rever a posição de investimento, pois nada é estático, é essencial para a saúde da empresa.

              

Recomendamos sempre o auxílio de uma consultora financeira experiente, que avalie a situação financeira, os objetivos e a tolerância ao risco que a empresa possa sofrer, dando recomendações para cada tipo de negócio e investidor.

 

Boa semana!

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www.crsolution.com.br         

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